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ATRAENTE MENSAGEM OU APOSTASIA DISFARÇADA?

  • Pastor Wilson Santos/Brasil
  • 3 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

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“E que de entre vós mesmos se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípulos após si”. (Atos 20:30)

Quase todo pastor tem uma inquietante preocupação com o número de fiéis em seu templo. As denominações fazem propagandas televisivas, anunciam em carros de som, treinam batalhões de voluntários (e é bom que se diga: voluntários), aplicam as mais diversas estratégias para atrair, envolver e manter pessoas em sua agremiação religiosa. Parece até uma disputa de mercado. É como se o sucesso da igreja estivesse relacionado com o faturamento financeiro ou com a quantidade de pessoas que a frequenta. Acontece que os critérios de Deus são diferentes dos do mundo.

No sistema capitalista, quem não cresce, desaparece. Nas denominações cristãs atuais parece haver uma competição embalada pelo ritmo frenético do capitalismo. Quanto mais cheias, mais ricas e poderosas e, como gente atrai gente e dinheiro atrai dinheiro, quanto mais populosas e ricas, maior a possibilidade de continuar crescendo. Daí a necessidade de trabalhar estratégias específicas e eficazes para encher os templos.

Tudo parece estar cheio de boas intenções, mas é bom que se examine com cuidado, pois, muitas vezes, na prática, há uma finalidade escondida: atrair, cativar, dominar, controlar e explorar pessoas, das mais diversas formas.

É possível que todo esse movimento seja aproveitado por Deus e que dentre os muitos que se ajuntam nas diversas denominações, ele selecione os seus. Mas é bom que tenhamos clareza da verdade: o evangelho existe não para encher instituições com pessoas, mas para encher as pessoas com a salvação de Deus. Para as instituições o evangelho não deveria ser um meio, mas o fim.

Para que uma prática evangelística desenvolvida pela igreja seja legítima deve estar ancorada na motivação certa.

A motivação refere-se ao objetivo fim que se deseja alcançar, nem sempre essa finalidade da ação está exposta na propaganda que se faz. A motivação correta deve ser efetivamente: I. Levar às pessoas o conhecimento da verdade; II. Dar-lhes testemunho da graça de Deus. Conforme Atos 20:24: Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão-somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus. (NVI).

Ainda é necessário que esse objetivo esteja puro, ou seja, não pode haver segundas intenções. Por exemplo: se são levadas pessoas a um culto e pretende-se que elas conheçam a verdade e recebam testemunho da graça de Deus, mas tenciona-se também obter lucro ou domínio sobre elas, a motivação restará reprovada. 1 Pe. 5:2,3: Pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. Olhem por ele, não por obrigação, mas de livre vontade, como Deus quer. Não façam isso por ganância, mas com o desejo de servir. Não ajam como dominadores dos que lhes foram confiados, mas como exemplos para o rebanho. (NVI)

Se há segundas intenções (ganhar as pessoas para si ou explorá-las financeiramente), ainda que a mensagem cumpra seu papel e aquela reunião seja de alguma forma útil aos participantes, isso não legitima o método e não isenta do pecado seus organizadores.

Agora, se analisarmos bem de perto tal situação, veremos que o objetivo fim de uma reunião que se desenhe nos moldes do exemplo acima será, na verdade, lucro e domínio. O evangelho será apenas um meio de se alcançar esse fim – isso faz desse pecado algo ainda mais grave.

No amor de Cristo, em defesa da fé que uma vez foi dada aos santos.

 
 
 

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